quinta-feira, 30 de junho de 2011

11º encontro - relato e fotos

No nosso 11º encontro tivemos uma reunião um tanto diferente. A começar pela sala de ensaio, que precisamos mudar por conta da dedetização da nossa sala regular de trabalho. O grupo mostrou novamente seu grau de integração combinando um lanche coletivo. Como muitos precisam vir de muito longe, em longas viagens, estavam desejando um lanche imediato e resolvemos antecipar nosso horário de “recreio” antes de começar os trabalhos. Aos quitutes que a Angela sempre nos presenteia com carinho, juntaram-se uma variedade colorida de doces e salgados maravilhosos. Foi uma bela alegria participar desse momento de descontração. A celebração dos bons encontros sempre acontece ao redor da mesa. Celebramos tudo que nos alimenta, corpo, pensamento e emoção. Nossa mandala de afetos se mostra consistente, alegre e integrada. 

 

Depois da comilança, nos empenhamos no trabalho. Fizemos uma roda de aquecimento para preparar os corpos para o trabalho criativo. Um trabalho mais suave dessa vez, já que a barriga estava trabalhando! Na roda, depois de aquecer as articulações e alongar os músculos, fizemos uma “troca de presentes”. Cada um deveria andar em direção à outra pessoa da roda e tocá-la em algum lugar do corpo, dando esse toque de presente. É um movimento sutil e delicado de confirmar o contato, a confiança e a integração.


Depois disso, trabalhamos no ensaio da nossa performance de encerramento do projeto. Ela será mais uma performance do que um espetáculo pronto e acabado, porque nossa intenção é celebrar a alegria dessa nossa vivência juntos, com diversão e entusiasmo, sem nos prendermos a roteiros fechados. Nosso objetivo desde o início foi o processo de consciência corporal e liberação do desejo e da alegria no movimento do corpo, um trabalho cuidadoso e íntimo de descobertas e redescobertas, de encontro consigo mesmo em novas relações de gestos e expressões. 

 
 


 A partir desse trabalho que vivemos juntos, a performance será a celebração dessas descobertas, e o grupo estará junto o tempo todo,  dançando essa mandala de afetos que se estabeleceu entre todos. E dentro dessa mandala haverá o momento singular para cada um expressar sua dança pessoal, uma dança sem regras, sem certo e errado, onde toda a vida é bem-vinda, com suas alegrias, inseguranças, medos, desejos, raiva, ansiedade, falta de jeito, ridículo, diversão e entusiasmo. 

 
 

 Nosso desejo é que o corpo abrace essa alegria de deixar a vida fluir em todas as suas cores e que, afirmando essa vida sem economias, ela possa transbordar, preencher o espaço e contagiar a todos que estiverem com a gente, provocando os outros corpos a dançarem também, no seu cotidiano, no seu trabalho, na sua vida. E, a partir desse contágio, dancemos abraçando o impossível, criando nova realidade, uma realidade da alegria, da potência e do desejo de vida plena. Esse é o nosso sonho de educação. Uma educação para o movimento, para a potência, para o vôo impossível.   

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